sábado, 27 de agosto de 2011

A Dança na Escola.

Finalmente consegui achar um tempo pra voltar aqui. Véspera de espetáculo nos deixa sem tempo pra respirar não é?! Enfim, vou postar um texto que já está pronto há algum tempo, o que faltou foi oportunidade de sentar aqui e publicá-lo.
Tive o prazer de participar do festival de dança escolar Mário Andrade, na cidade de Irineópolis, nos dias 09 e 10 de agosto. Onde pude ter um melhor contato com a dança na escola, e troca de experiências com educadores na área.
A dança é, sem dúvida, uma das maiores catalisadoras da manifestação da cultura e da expressão do movimento humano. No âmbito escolar, ela é pedagógica e pode ensinar tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. A dança pode e deve ser usada como um meio de crítica social para o questionamento de valores preestabelecidos, padrões repetitivos e modismos, como, por exemplo, as coreografias com fortes apelos sexuais.
Além disso, a dança está ligada à estética e à plástica, podendo trabalhar não apenas com o movimento, mas com sensações e sentimentos. Quem não se emociona ao acompanhar um espetáculo de dança? A dança é um forte estímulo de percepções sensoriais.
Mas, afinal, como a dança pode ser inserida nos currículos de Educação Física dos ensinos Fundamental e Médio?
A resposta foi mais simples do que eu pensava, pois, ao contrário do que muitos professores acreditam, a última preocupação que se deve ter com relação à finalidade da dança diz respeito à ação performática. Em outras palavras, o professor não precisa demonstrar amplo domínio de estilos e técnicas de dança, mas, simplesmente, coragem para “quebrar” determinados preconceitos ligados a ela, e acima de tudo, saber ensinar a dança!
A dança é um meio ilimitado de aprendizagem. Mas o professor deve tomar cuidado ao trabalhá-la como conteúdo educativo: ele não pode, de maneira alguma, reforçar modismos, que geralmente são lançados pelos meios de comunicação de massa com intenção exclusivamente comercial.
Finalizando, cabe ressaltar que, assim como em relação aos esportes, nada impede o educador de desenvolver a dança como um trabalho que vise o desempenho, desde que, para isso, sejam convidados alunos que possam treinar em horários extracurriculares. E aqueles que ainda não dominam a dança também podem ser iniciados na prática, cabendo ao professor dividir as turmas de acordo com o nível de habilidade dos alunos.
O importante é não temer a dança, pois ela trabalha valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, como o condicionamento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória, a socialização, o equilíbrio, a destreza e a coordenação motora fina.
João Rodrigues

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