sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ballet Clássico é esporte que mais traz benefícios à saúde.


         Uma pesquisa britânica constatou que o balé clássico traz mais benefícios do que a até então imbatível natação. O estudo analisou fatores como força, flexibilidade e equilíbrio corporal e constatou que a dança é superior ao esporte aquático, considerado até então o melhor esporte.
         No estudo, os bailarinos se mostraram mais fortes do que os nadadores. Os dançarinos também tiveram melhores resultados em testes de flexibilidade e equilíbrio. Até no quesito porcentagem de gordura corporal eles se saíram melhores do que os nadadores.
         Mas a natação se saiu superior em alguns aspectos. São eles a resistência, força nos músculos anteriores e posteriores. A grande vantagem do balé, dizem os pesquisadores, é trabalhar os músculos sem encurtá-los, como faz a musculação. A dança também desenvolve a coordenação motora e o equilíbrio, tudo ao mesmo tempo.
R7 Notícias
noticias.r7.com

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Metamorfose

         Há algumas semanas atrás, após terminar uma enorme faxina que parecia não ter fim, achei um livro que me chamou a atenção, e então comecei a lê-lo.  “A Pessoa em Desenvolvimento”, de Helen L. Bee e Sandra K. Mitchell, é um livro que explica sobre o desenvolvimento humano e suas transformações durante o ciclo vital. Fala de todas as fases da vida, desde o nascimento até a morte. Enfim, o livro fala da vida do homem em sociedade, mas não é sobre o livro que quero falar nesse post, mas do comportamento de algumas pessoas em sociedade.
         No pouco tempo que estou no meio da dança, (mais observando do que dançando), percebi que é um meio perigoso de se viver, perigoso e confuso, sim! Pense comigo... Em certo momento você está lá, rodeado dos melhores amigos e parceiros, conversando, rindo, compartilhando experiências – coisa comum em amizades. E de repente os mesmos passam por uma metamorfose e se transformam, alguns viram lindas borboletas e passam a freqüentar um novo círculo de amigos que o acrescentam mais experiências e conhecimento para viver melhor, se livrando assim de parcerias que eram inúteis e nada acrescentavam à sua vida. Porém outros continuam como lagartas, que parecem vermes e causam nojo a muitas pessoas, algumas nos queimam e chegam a ser temidas, (nada contra as lagartas, que estão no seu devido lugar, exercendo seu papel na natureza). Há também os que preferem ficar isolados em seus casulos, não se revelando, nem como borboleta, nem como lagarta. Ainda não sei ao que se deve tal mudança em algumas pessoas, mas particularmente arrisco uma resposta: Falta de personalidade. Sim, a falta de personalidade em algumas lagartas está fazendo com que a vida alheia torne-se mais interessante que a dela própria, tornando-se assim escravas da opinião dos outros, ou seja, tudo o que se diz a respeito delas – das lagartas, elas procuram saber.
         E é engraçado o fato de que parte do que eu digo tem uma réplica, e isso significa que há realmente um interesse em minha opinião, e isso você faz questão de deixar explicito, tapado em sua testa, propositalmente ou não.
         Peça a carta de alforria meu caro, e aprenda a caminhar com suas próprias pernas.

João Rodrigues

Minha língua e sua função.

         Em algum momento da sua vida, você já se viu "emparedado" diante de um problema, sem encontrar alguma saída possível? E, nessa situação, procurou conversar com alguém alheio ao conflito, que pudesse analisá-lo friamente, localizando os pontos sensíveis, através dos quais a saída "inexistente" acaba aparecendo? Não que essa outra pessoa tenha maior inteligência ou capacidade que você, mas apenas, estando do lado de fora e observando à distância, consegue ver os fatos mais objetivamente, por outra perspectiva.
         E isso resume a atividade da crítica, cuja sua função básica é encontrar a verdade que se esconde por trás do trabalho do artista, enxergar o universo de ideias implícitas na obra que, de tão subliminares, o próprio dançarino talvez não se dê pela conta de sua existência.
         Uma coreografia é, teoricamente, a emoção que o dançarino tenta passar para o público. E aí então podem acontecer duas coisas: que a coreografia seja rica em composição de movimentos e explorada na técnica, mas o público não se emocione com ela, ou então que a obra seja insignificante, de pouco valor artístico, mas mesmo assim o público reaja favoravelmente, dando assim, um valor que, em realidade, ela não possui.
         Nessas circunstâncias, o crítico é um contraponto para isolar as reações emocionais do artista e de seu público, porque a crítica não pode se envolver com o gosto pessoal, a crítica examina o conteúdo com rigor analítico, para tirar suas conclusões, as quais, muitas vezes, vão à contramão das opiniões do público alvo.
         E para fazer isso, apenas é preciso ter conhecimento e uma ampla visão.
         Precisa também (e isso é fundamental) ter a rara capacidade de interpretar os detalhes. O coreógrafo, no momento da criação, é um esquizofrênico virtual, porque ele se isola da realidade para criar o seu próprio mundo, viajando dentro de uma realidade que só ele consegue enxergar.
         Daí que a crítica honesta e capaz é bastante útil para tal, pois serve de balizamento, evitando que ele se afaste demais do real até o ponto de perder o contato com o mundo em que vive. E é útil também para o público, na medida em que este aprende a separar valores reais daqueles outros que são apenas imaginários.
         É impossível haver um encontro entre as ideias do crítico e as ideias do coreógrafo. Arte é contradição, a crítica é uma ciência amparada pela lógica.
         O dançarino é intuitivo, o crítico não. Monteiro Lobato, ao criticar, em 1917, os trabalhos de Anita Malfatti e ao comparar a arte moderna á um burro com um pincel amarrado ao rabo, fazendo rabiscos incompreensíveis, estava exercendo sua posição de crítico. Ele estava errado quanto à visão do futuro, porque a contradição da arte moderna acabou prevalecendo. Entretanto, como um crítico não é um visionário, Lobato estava correto ao exercer seu papel de freio, baseado nos parâmetros de que se dispunha, naquele momento histórico, sobre os conceitos artísticos.
         Com efeito, não importa o quanto os modernistas tinham intuição do futuro, a história da arte moderna registra movimentos artísticos que beiraram à paranóia e que, por isso mesmo, desapareceram tão rápido como surgiram. Foram momentos na história da arte, que não tiveram continuidade, por falta de consistência.
         Enfim, o crítico não enxerga o futuro, apenas analisa o presente. O artista, este sim é um visionário que, por isso mesmo, pode, em vários momentos, perder a noção da realidade.
         Então, cada um com o seu papel: ao artista, cabe inovar, provocar, inserir o futuro no momento presente. Ao crítico cabe frear esses instintos, colocando racionalidade na análise.
         No embate entre essas duas forças contraditórias, acaba surgindo a verdade, que tanto pode estar com o artista, como com o crítico. E o artista que aceita a crítica honesta e competente, tem a chance de se corrigir sem perder sua própria identidade, caso contrário viverá perdido em seu pequeno mundinho.

João Rodrigues

sábado, 3 de setembro de 2011

Svetlana Zakharova

Svetlana Zakharova nasceu em Lutsk, na Ucrânia, no dia 10 de junho de 1979. A partir dos seis anos de idade ela foi para um estúdio de dança local, onde praticava danças folclóricas e ballet. Com dez anos de idade ela entrou para a Escola Coreográfica de Kiev onde treinou com Valeria Sulegina.
Em 1995, tendo terminado seus seis anos de estudo na Escola de Kiev, Svetlana entrou na Competição Internacional de Jovens Dançarinos, em São Petersburgo. Onde ela ganhou o segundo lugar com sua performance de Princesa Florine, no Pas de Deux de Tchaikovsky e primeiro lugar com a variação de Paquita.
E então Zakharova continuou seus estudos da dança clássica na Academia Vaganova, em St. Petersburgo. Onde ela foi colocada diretamente para o último ano, se formando com Yelena Yevteyeva.
Enquanto ainda era estudante na Academia Vaganova, Svetlana dançou Shade, de La Bayadere, Masha em O Quebra-Nozes, a Rainha do Dryads em Dom Quixote, e a  Morte do Cisne no palco do Teatro Mariinsky.
Em Junho de 1996 Svetlana se formou na Academia Vaganova, dançando o Tchaikovsky Pas de Deux.
E então imediatamente se juntou ao Ballet Mariinsky. Com apenas 17 anos.
Um ano depois ela foi promovida a bailarina principal.
No Teatro Mariinsky, Svetlana foi treinada sob o olhar experiente de Olga Moiseyeva, com quem ela iria construir um relacionamento duradouro. Se preparar para todos os novos papéis Moiseyeva que se tornou a figura chave no desenvolvimento artístico de Svetlana, e a responsável pelo seu sucesso.
Svetlana foi logo se tornando a mais querida jovem bailarina do Mariinsky.
Durante as sete temporadas que ela dançou com o Mariinsky ela pode aprender a maior parte do repertório da companhia, que vão desde os papeis grandes clássicos como Giselle, Odette-Odile, Aurora, Nikiya em La Bayadere e Medora em Le Corsaire, e também ganhou os principais papeis de outras novas coreografias do Mariinsky aprovadas nestes anos, como Serenade de Balanchine, Symphony in C, Apollo entre outras.
Ela foi premiada com a Máscara de Ouro (melhor papel feminino no ballet) em 1999 por sua atuação em Serenade, de Balanchine. E em 2000 por sua interpretação de Aurora em A Bela Adormecida. Ela também recebeu indicações em 1998 por Giselle e em 2002 para Now and Then.
Svetlana participou de todos os passeios principais do Ballet Mariinsky e a partir de 1999 ela começou a atuar como bailarina convidada pelas principais academias de balé do mundo, incluindo New York City Ballet, American Ballet Theatre, Ballet Ópera de Paris, La Scala, em Milão, English National Ballet, e New National Theatre Ballet em Tóquio.
E em outubro de 2003, Svetlana começou a dançar como bailarina principal do Ballet Bolshoi, em Moscou. Onde ela está ensaiando seus papéis com Ludmilla Semenyaka, a bailarina estrela da geração anterior.
Svetlana Zakharova é uma artista homenageada e reconhecida na Rússia desde 06 de junho de 2005, e é considerada a artista do povo russo desde 21 de fevereiro de 2008.
João Rodrigues
Fonte:
www.svetlana-zakharova.com

sábado, 27 de agosto de 2011

A Dança na Escola.

Finalmente consegui achar um tempo pra voltar aqui. Véspera de espetáculo nos deixa sem tempo pra respirar não é?! Enfim, vou postar um texto que já está pronto há algum tempo, o que faltou foi oportunidade de sentar aqui e publicá-lo.
Tive o prazer de participar do festival de dança escolar Mário Andrade, na cidade de Irineópolis, nos dias 09 e 10 de agosto. Onde pude ter um melhor contato com a dança na escola, e troca de experiências com educadores na área.
A dança é, sem dúvida, uma das maiores catalisadoras da manifestação da cultura e da expressão do movimento humano. No âmbito escolar, ela é pedagógica e pode ensinar tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. A dança pode e deve ser usada como um meio de crítica social para o questionamento de valores preestabelecidos, padrões repetitivos e modismos, como, por exemplo, as coreografias com fortes apelos sexuais.
Além disso, a dança está ligada à estética e à plástica, podendo trabalhar não apenas com o movimento, mas com sensações e sentimentos. Quem não se emociona ao acompanhar um espetáculo de dança? A dança é um forte estímulo de percepções sensoriais.
Mas, afinal, como a dança pode ser inserida nos currículos de Educação Física dos ensinos Fundamental e Médio?
A resposta foi mais simples do que eu pensava, pois, ao contrário do que muitos professores acreditam, a última preocupação que se deve ter com relação à finalidade da dança diz respeito à ação performática. Em outras palavras, o professor não precisa demonstrar amplo domínio de estilos e técnicas de dança, mas, simplesmente, coragem para “quebrar” determinados preconceitos ligados a ela, e acima de tudo, saber ensinar a dança!
A dança é um meio ilimitado de aprendizagem. Mas o professor deve tomar cuidado ao trabalhá-la como conteúdo educativo: ele não pode, de maneira alguma, reforçar modismos, que geralmente são lançados pelos meios de comunicação de massa com intenção exclusivamente comercial.
Finalizando, cabe ressaltar que, assim como em relação aos esportes, nada impede o educador de desenvolver a dança como um trabalho que vise o desempenho, desde que, para isso, sejam convidados alunos que possam treinar em horários extracurriculares. E aqueles que ainda não dominam a dança também podem ser iniciados na prática, cabendo ao professor dividir as turmas de acordo com o nível de habilidade dos alunos.
O importante é não temer a dança, pois ela trabalha valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, como o condicionamento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória, a socialização, o equilíbrio, a destreza e a coordenação motora fina.
João Rodrigues

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Hora de Acordar!


Valorizar-se é uma arte! Valor é uma coisa que algumas pessoas têm mais e outras menos. As que se valorizam mais têm sempre um destaque maior.
Dar se o valor não é ser bom nem mau, qualquer pessoa pode se valorizar e obter sucesso para seus feitos, sejam eles bons ou ruins. Portanto você pode estar no melhor lugar do mundo (segundo o seu conceito do que é melhor), mas será nada, se não se der o valor!
Valorizar-se é consultar mais a sua fonte interna do que a dos outros; se dar valor é sentir carinho por si, mesmo que nos primeiros dias isso seja forçado, se dar carinho não é ficar tratando você como se fosse um bebê retardado, mas sim ter um carinho sério por si, um respeito por você mesmo.
Se valorizar é querer ser muito, é se expandir. Famoso fica quem agrada a si e por conseqüência aos outros.
Então querido, pare de pensar no que estão pensando de você, não agrade o outro, agrade a você!

João Rodrigues

domingo, 7 de agosto de 2011

Natalia Osipova

Natalia Osipova nasceu em Moscou em 18 de maio de 1986. Decidiu seguir uma carreira como ginasta, quando ainda criança, mas por um problema de coluna começou á fazer aulas de ballet.
De 1996 até 2004 ela estudou na Academia Coreográfica de Moscou, onde como aluna ganhou em abril de 2003, o "Grand Prix" no Concurso Internacional de Ballet, em Luxemburgo, com as variações de "La Bayadère", "Don Quixote", "Esmeralda" e "Tchaikovsky Pas de Deux”, e com a coreografia “Liturgia” criada por Yegor Druzhinin.
Após sua formatura, em 2004, Natalia se juntou ao Ballet Bolshoi, como membro do corpo de baile, mas não por muito tempo. Já em setembro de 2004, ela realizou o pas de deux com o camponês em "Giselle", com Vyacheslav Lopatin e em novembro de 2004, Natalia foi escalada como bailarina principal em "Bolero", uma criação do diretor artístico Alexei Ratmansky. Inicialmente Natalia foi treinada por Ludmilla Semenyaka, mas posteriormente começou a trabalhar com Marina Kondratieva, papéis de solo e, além disso, nomeada a boneca espanhola em "O Quebra-Nozes", a Noiva espanhol em Yuri Grigorovich do "Lago dos Cisnes" e da variação na primeira Grande Pas de "Don Quixote", seus explosivos saltos e movimentos logo encantaram o público, ao mesmo tempo, ela também criou papéis menores na versão Ratmansky de "Bolt" Dmitry Shostakovich, bem como na estréia Teatro Bolshoi de John Neumeier é "Sonho de Uma Noite de Verão" (Mustardseed) e Leonide Massine da "Gaité parisiense" (como solista Cancan). No último programa de Massine, Natalia também foi escalada como Frivolity em "Les presságios", que destacou a facilidade técnica e a qualidade de movimento. Em junho de 2005, no final de sua temporada no Bolshoi, Natalia participou do Xª Competição Internacional de Balé de Moscou, um compromisso que ela tinha que se alternam com apresentações para continuar no Teatro Bolshoi (entre outros, ela estreou no papel de liderança do movimento de três de George Balanchine "Symphony in C" durante a competição). Competindo com pas de deux de "Chamas de Paris", "Diane e Actaeon", "Don Quixote" e trabalho contemporâneo, Natalia, eventualmente, ganhou uma medalha de bronze na categoria de duos. Natalia iniciou sua carreira consideravelmente com sua estréia como Kitri em "Dom Quixote" em sete de Novembro 2005. Ela tinha uma energia eletrizante raramente vista até então, sua técnica impecável e despreocupada lhe rendeu elogios da crítica e grande aclamação do público.
Quando Natalia foi para Londres com a turnê do Bolshoi, em agosto de 2006, poucos perceberam que ela ainda era membro do corpo de baile. Natalia também estreou como Aspiccia em "A Filha do Faraó".  Clement Crisp, crítico do Financial Times comparou o desempenho de Natalia para Maya Plisetskaya por sua "vitalidade elétrica" ​​e "bravura arejada". Em outras performances de "Don Quixote", ela foi posta ao lado de Ivan Vasiliev, o jovem licenciado de Minsk que recentemente se juntou ao Bolshoi. Antes que ela fosse promovida a solista, a versão de Kitri de Natalia já tinha ganho status de clássico.
Em sua temporada no Bolshoi, segundo Natalia, participou também e papéis criados por Ratmansky, dançou em "Game Card" de Igor Stravinsky, como Fada do Outono em nova produção de Yuri Posokhov, e fez sua estréia como Ramzé de Pierre Lacotte em " A Filha do Faraó". Foi também lançada como Gamzatti em "La Bayadère", como a da bailarina clássica em "Stream Bright" Ratmansky e em "Duet Médio", e com destaque no programa americano Novos coreógrafos no Bolshoi em fevereiro de 2007, foi solista  em "Serenade" de Balanchine. Natalia participou de uma grande turnê com o Ballet Bolshoi, ficando assim conhecida em Nova York, Washington, Londres, Tóquio, Copenhagen, Bruxelas, Monte Carlo, Baden-Baden, Munique , Milão, Turim e Paris.
Em abril de 2007 ela apareceu no Festival Mariinsky, para dançar "Don Quixote" (com Leonid do Mariinsky), uma performance em que ela teve que repetir o fouettés no final pas de deux, a pedido de uma audiência extasiada.
Em 22 de novembro de 2007 Natalia fez sua estréia como Giselle, seu partner foi Andrei Merkuriev. Em 20 de fevereiro de 2008 ela foi escolhida por Johan Kobborg para dançar o papel-título na estréia em sua encenação de "La Sylphide", no Teatro Bolshoi. Mais papéis principais no Bolshoi desse ano incluíam também Medora em "Le Corsaire".
Em 2007, Natalia recebeu o prêmio "Rising Star" da revista Ballet (Moscou) e foi selecionada "A Bailarina do Ano" pela revista alemã "Ballet-Tanz" (Berlim). Em 22 de janeiro de 2008, na 2007 UK National Dance Awards, ela recebeu o Prêmio Richard Sherrington de Melhor Dançarina. Em 15 de abril de 2008 Natalia foi premiada com a Máscara de Ouro de Melhor Bailarina por seu desempenho de Twyla Tharp é "In The Upper Room" e em 6 de Setembro do mesmo ano ela recebeu o Positano Award Dança Leonide Massine (Itália).
No ano seguinte ela foi agraciada com o Prêmio Especial do júri Máscara de Ouro (de melhor dueto em "La Sylphide" na temporada 2007/2008, com Vyacheslav Lopatin), bem como o Benois de La Danse International Dance Association - prêmio por sua interpretação dos papéis de Sylphide, Giselle, Medora ("Le Corsaire"), e Jeanne ("The Flames of Paris"). No final da temporada 2008/2009 Natalia dançou a sua estréia com a American Ballet Theatre, aparecendo na Temporada de Primavera no Metropolitan Opera House, em Nova York em "Giselle" (13 de Junho de 2009) e "La Sylphide" (15 de Junho de 2009). Na temporada 2009/2010, Natalia expandiu seu repertório no Teatro Bolshoi, com papéis principais em "Coppélia", "La Bayadère" e "Esmeralda”. Em 16 de dezembro de 2009 ela se apresentou em uma noite de gala – Paris-Moscou, onde se juntam artistas da Ópera de Paris e do Ballet Ballet Bolshoi, no Palais Garnier, em Paris, estreando como bailarina em "Petrushka".
Em 08 de janeiro, Natalia apareceu novamente com a Ópera de Paris, desta vez como Clara na versão Rudolf Nureyev de "O Quebra-Nozes" na Ópera Bastille. Em 13 de fevereiro, ela estreou com La Scala em Milão, e em "Don Quixote". Em 18 de outubro de 2008 foi promovida a Solista, e só em 1 de maio de 2010 se tornou bailarina principal do Ballet Teatro Bolshoi.

Marc Haegeman (Russo)
tradução – João Rodrigues

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Eu coleio. Tu coleias. Ele mente!

As pessoas adoram defender a ideia de uma ética onde todos são sinceros e falam a verdade, tentando assim fazer a política da boa vizinhança, erguem a bandeira da transparência e escondem suas sujeiras de baixo do tapete.
Mas! Seria ótimo se todos fôssemos verdadeiros e sinceros, mesmo que em período integral. Seria ótimo ouvir e falar a verdade, e aí entra a seguinte questão: Até onde nós – Eu, você, alguns bailarinos por aí, a cover da Britney no Se Ela Dança, Eu Danço... Enfim, até que ponto estamos preparados pra ouvir certas verdades?
Prof. João explica! Então, as verdades que nos são ditas – São aceitas até o ponto que nossa zona de conforto permite. E aí começam a valer os elogios pra agradar os outros (mentir para agradar).
Mas Prof. João? Mentir é normal! Todo mundo mente!
Sim, mentir em alguns casos até faz bem. A tal mentira branca como chamam, mas que pode se transformar em outras cores rapidamente. E se o nosso limite pessoal é o conforto, quando se trata da sociedade é a consideração pelo outro, ou seja: Seu direito termina quando interfere no meu! E apesar da cara e pau de muitos, felizmente nosso nariz não cresce. Caso contrário, seríamos uma raça planetária de bailarinos narigudos e estaríamos condenados á nunca mais beijar na boca!

A competição então seria pelo maior e mais belo nariz!
João Rodrigues

domingo, 10 de julho de 2011

Étendre

Étendre é um dos sete movimentos da dança, e significa esticar/estender. E meu objetivo é exatamente esse, estender o olhar que se tem da dança, compreender o movimento de um modo diferente. Deixar a dança exposta por inteiro para quebrá-la em fragmentos e colocá-los em análise.
De um ponto de vista mais amplo, exigir do artista que faz a dança, a simplicidade e a expressão sincera de sua personalidade, ajudado por todos os meios que essa arte o oferece. Quem não tem personalidade não é digno de fazer arte.
Stendhal disse uma vez: “A pintura não é mais que a moral construída!” Se a palavra moral puder ser entendida em um sentido mais ou menos liberal, então é possível dizer o mesmo de todas as artes, e como a arte se expressa pelo sentimento, pela vida, pela imaginação de cada um. Dançar é plasmar no seu corpo os mais puros sentimentos, é deixar transparecer o que você é. Mas como definir a dança é uma tarefa muito delicada e particular, decidi recorrer a uma frase da melhor forma e sentimento da própria dança: "A dança não é diversão, mas sim religião, a religião da beleza. Para quem dança, o movimento é um meio de expressão dos sentimentos e pensamentos da alma, vivemos porque dançamos, vivemos enquanto dançamos” - Isadora Duncan.
Vamos estender nossa visão para essa arte, fazer crescer, não se acomodar. Ser críticos com todos e principalmente com nós mesmos. E como disse George Bernard Shaw, “A dança é uma tentativa muito rude de penetrar no ritmo da vida.”
João Rodrigues

terça-feira, 5 de julho de 2011

Múltiplos Olhares

Neste último final de semana, dias 02 e 03, ocorreu em nossas cidades a 4ª Mostra Paranaense de Dança, que é realizada pelo Ballet Teatro Guaíra. O evento acontece anualmente e passa por várias cidades do estado do Paraná com o intuito de proporcionar diferentes e novas experiências. E uma destas experiências é a mostra seletiva, onde as escolas e grupos podem inscrever e apresentar seus trabalhos. Trabalhos estes que são avaliados em diferentes critérios técnicos, e onde somente os melhores são selecionados.
Mas não foi o que aconteceu na última noite de domingo, dia 03, no Cine Teatro Luz, de onde sai me perguntando qual dos olhares usado para avaliar um trabalho o júri da noite usou?
Olhar técnico ficou óbvio que não foi! Democráticos? Acredito que não, pois teve dois grupos que não foram selecionados, e um grupo onde duas coreografias foram escolhidas. Seria uma forma de incentivar os participantes á participarem mais ativamente? É, Pode ser! Mas participar sabendo que serão escolhidos todos os grupos, independente de nível - não me parece muito empolgante!
Não estou questionando as decisões tomadas pelos jurados, pelo contrário entendo até certo ponto – E por um lado é bom, que sejam selecionados o maior número possível de escolas porque assim todos têm a oportunidade de representar a dança de nossas cidades na Mostra Final, em Curitiba. O lado ruim é deixar que alguns grupos um tanto despreparados fiquem com a função de mostrar como é a dança de nossas cidades, e dependendo desses grupos, acredito que o público curitibano não verá muita coisa nos dias 05 e 06 de novembro.
João Rodrigues

terça-feira, 21 de junho de 2011

Les Noces

Les Noces foi coreografado em 1923 a partir da união da coreógrafa bielo-russa Bronislava Nijinska e do compositor e musico Igor Stravinsky.
Nijinska criou a movimentação para Les Noces mostrando movimentos
dançados com influência de ritual do casamento da Rússia antiga. Além de imagens vividas pela coreógrafa durante a Revolução da Rússia antiga, as inspirações do gestual moderno dos movimentos de danças folclóricas russas ajudaram na sensação de transmitir aspectos relacionados a rupturas sob que o trabalho se oferece. A mais conhecida criação da russa Nijinska alia a tradição do balé às vanguardas modernistas do inicio do século XX reforçando a idéia de ousadia que Lês Noces perpassa.
Stravinsky compôs e escreveu a musica em quatro cenas explorando o clima solene dos rituais dos casamentos russos, onde os casais eram determinados pelos pais. A riqueza rítmica da musica oferecida de Stravinsky e o teor dramático do trabalho provoca a dissonância refletida por todo momento na obra dançada, onde os integrantes/bailarinos passam a ser vozes coreográficas complementadas com harmonia do movimento e musica, ressoando como num todo. A arrojada musica de Stravinsky funde o folclore russo com modernas rupturas musicais
O figurino é visto sem a ostentação de cor, lembrando roupas do dia-a-dia dos camponeses russos. Les Noces é dançado também por mulheres onde Nijinska coloca a importância do uso da sapatilha de ponta, pois ela queria restituir silhueta alongada que se vê nos ícones russos e noutras imagens tradicionais da igreja Bizantina.

João Rodrigues

Serenade

Serenade é de autoria do coreógrafo George de Balanchine (1904 - 1984), e música de Tchaicovisky (1840 - 1893), a coreografia foi criada inicialmente para os alunos da School of American Ballet, e partiu de exercícios que tinham a intenção de mostrar aos alunos a diferença entre o bailado em sala de aula e a dança no palco. Serenade não conta uma história, o que se vê é uma sequência de fatos acontecidos dentro da sala de aula, como por exemplo, a réstia do sol, o atraso e a queda de uma bailarina. Essa magnífica obra teve sua primeira apresentação em 1934 com a própria obra prima em palco, os alunos da escola, e sua estréia profissional deu-se em março de 1935.

Serenade também não possui cenário ou objetos cênicos, apenas a luz azul que cria uma atmosfera atemporal e celestial. O figurino é simples, de saias longas de tule que trazem a estética do ballet romântico.


João Rodrigues

domingo, 19 de junho de 2011

Métodos, Escolas... Professores.

O conhecimento da dança só virá após ter praticado com o seu corpo, ossos e músculos num trabalho diário de anos, onde a teoria é apenas um complemento, válido para aprender a utilizar seu corpo. Eu diria que não existem métodos ou escolas ruins, existem sim mestres e professores medíocres, que mesmo formados e com bom conhecimento, deixam a desejar e muito na hora de ensinar.
Penso que cada país, dependendo do método escolhido deveria adaptá-lo ao temperamento, clima e tipo físico e fazer as necessárias mudanças para um melhor rendimento. Um exemplo disso foi George Balanchine que ao se mudar para os Estados Unidos, adaptou a escola russa ás necessidades americanas, longas pernas, quadris estreitos, tendão de Aquiles curto, por isso no demi plié os calcanhares saem do chão, arabesque quase a seconde, braços acima do normal para valorizar as pernas compridas e bailarinas altas. Na escola Inglesa se enalteceu a graça e a dança aparentando ser fácil, para substituir a falta de temperamento e bravura. Acho que hoje, a grande escola é a francesa, com físicos impecáveis, escola caracterizada pela precisão de movimentos uniformes e graciosos em todos os bailarinos, mais como nada é perfeito sempre convidam os russos para injetar o fogo que falta na dança francesa.

Na dança clássica, a Rússia mantém até hoje a tradição do ballet - o que se deve em grande parte durante o regime soviético, onde as fronteiras foram fechadas e o intercâmbio e as viagens das companhias foram proibidas. Assim, quando as fronteiras foram abertas com a mudança do regime, o que o resto do mundo viu foram bailarinos poderosos com cheiro de bolor, que aos poucos a Cia do teatro Marinsky foi os levando, apresentando-os novos figurinos e tipos físicos sem perder seu potencial artístico, principalmente nos ballets de repertório que apesar dos exageros dos braços e das linhas duvidosas das pernas, continua comovente no que se refere à paixão com que dançam.

Existem outras escolas principalmente a dinamarquesa criada por Bournonville que prima pelo acabamento apesar dos braços muitas vezes estáticos com um grande destaque para a dança masculina de onde surgiram até hoje grandes bailarinos.

Graças a Alicia Alonso, amiga de Fidel Castro foi possível criar a escola cubana com o seu apoio e o grande senso de liderança de Alicia que até hoje, mesmo sem a visão e a mobilidade é a grande inspiradora da dança no seu país e no mundo. Na América do Sul, Brasil e Argentina já tem grandes bailarinos de destaque no mundo inteiro mais seja por falta de interesse dos seus governantes ou apoio a cultura não existe reconhecimento dessas escolas, mas entre os grandes mestres mundialmente conhecidos temos muitos sul americanos porque souberam adaptar as grandes escolas ao nosso temperamento, sem ficarem presos a um único método copiados dos livros de dança. Mas uma coisa é certa, é preciso conservar a tradição cuidando para não cair no ultrapassado.

João Rodrigues

domingo, 12 de junho de 2011

Cuidado! Risco de Choque Cultural.

Há algum tempo ouvi um comentário de uma pessoa que assistiu algo em outra cidade e me disse: “– Nossa! Como o povo lá é educado, inteligente, diferente das pessoas daqui!” Pois então meus queridos! O nome disso é choque cultural!
É impressão minha ou as plateias de teatros se transformaram em verdadeiras arquibancadas de estádio de futebol? Pelo amor de Deus, alguém já explicou a essas pessoas o significado de um teatro? Mas o que incomoda mesmo, é que tal comportamento ocorre somente quando se trata de espetáculos e apresentações locais. Onde, independente da escola, acontece um festival de tosse, disputa de berros, e assovios. Mas quando no palco de União da Vitória se apresenta uma companhia vinda de outra cidade, há uma mágica transformação, onde os assovios, gritos, festival de tosses e berros se convertem em total silêncio e no máximo um cochicho super discreto. O público – que é o mesmo das apresentações locais. Torna-se o mais educado e refinado que consegue ser. Os camarins do teatro – que também são os mesmos utilizados pelos grupos daqui, ficam limpos e com um agradável perfume. Mas a maior transformação está na equipe que trabalha no teatro, todos ficam muito simpáticos, receptivos e educados, tudo que for pedido se torna possível, não há caras feias e nem quem ouse dizer: “– Não, isso não dá pra fazer!” Os grupos não só da dança, mas todos que de alguma forma utilizam o único teatro em funcionamento daqui, entendem muito bem do que estou falando.

O teatro é uma criação grega, onde na antiguidade, qualquer atividade feita neste espaço tinha significado religioso, esse era o momento se elevação espiritual onde o artista conseguia alcançar as divindades através da comédia, do drama ou das danças. Mas isso era para poucos, pois somente algumas pessoas seriam capazes de atingir com tamanha sutileza tais Deuses e com isso tocar a plateia que emocionada, com um sentimento elevado, se expressava através de sons contínuos sem quebrar o delicado equilíbrio entre Deuses e artistas.

A arte é sublime e poucos entendem o seu verdadeiro objetivo.

Portanto, nesta região, pessoas que nunca se interessam por história principalmente a respeito da própria arte que praticam ou lugares que freqüentam deveriam tomar mais cuidado ao sentar-se numa platéia para assistir á um espetáculo.

A arte não nos pertence, é uma religião, e a dança mostra com o corpo o que palavras poderiam dizer. Uivos, gritos, berros é histeria e lugar de histéricos é nos hospitais psiquiátricos.

Sempre é bom lembrar, que os alunos se espelham em seus professores!

Feliz dia dos Namorados! Parabéns para quem consegue ter tempo para namorar!

Parabéns Paulinho, muita dança... Parabéns Quica, a podle irritante!

João Rodrigues

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Carta aos Jovens Bailarinos

Vivemos numa cidade caótica, como tantas outras pelo Brasil e no mundo, e insistimos com nossos alunos para que, cheguem cedo às aulas, se aqueçam para evitar futuras lesões, serem educados, disciplinados, e acima de tudo persistentes, já que escolheram a arte da paciência, e da repetição inúmeras vezes procurando a tão sonhada perfeição, que jamais atingirão, porque ela não é permitida aos humanos; e mesmo que conseguissem a tão sonhada meta, os bens materiais nunca estariam a altura dos sacrifícios feitos.
Os exemplos que estes estudantes e profissionais recebem nas ruas são péssimos: motoristas com evidências de alienação, que só faltam passar por cima dos pedestres, ou carros acelerando desenfreadamente para impedir a ultrapassagem. Esses conceitos acontecem em minha mente, porque dançar é o resultado de um estado de alma muito especial, e só conseguiremos resultados quando a educação e a cultura estejam caminhando por vias paralelas, quando o interesse das grandes empresas e o governo sem as suas burocracias procurem resultados a curto e médio prazo, já que não adianta falar em inflação zero na economia mundial, quando as classes baixas e médias sentem na pele a diminuição enorme do seu poder aquisitivo, e são obrigadas a desistir dos seus sonhos, quando algumas décadas passadas tudo era possível e eu que vos escreve sou testemunho de tudo isto. É preciso não se acomodar e lutar pelo que acreditamos: aperte o queixo e vão em frente!
 Ismael Guiser (1927 - 2008)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Para um bom entendedor...

Não uso este espaço para publicar textos cheio de palavras difíceis, de forma alguma, até porque as palavras só se tornam "difíceis" quando o leitor não está intelectualmente capacitado para tanto! Mas se você, de alguma forma não compreendeu o que o texto quis dizer, releia-o. Porém se continuar sem entender o significado de algumas palavras me mande um e-mail, que lhe enviarei uma versão condensada, com palavras de fácil entendimento. Um texto resumido que não exigirá muito conhecimento. Abaixo deste post, têm um espaço dedicado á comentários, onde o seu, com certeza será bem vindo.

De que planeta você vem? Ops! De que escola você vem?  

Procurar passos em francês no Google? Não! Não me dou ao luxo, porque pelo que me lembre me matriculei numa escola de danças para aprender tais coisas lá.

O que é Coerência*? Prof. João explica!

Do latim cohaerere, estar junto, estar unido. Compatibilidade entre elementos de um sistema, constituindo um todo integrado. A teoria da verdade como coerência, ou teoria coerentista da verdade, sustenta que uma crença, proposição ou juízos são verdadeiros enquanto pertencem a um sistema de crenças, proposições, juízos, compatíveis entre si, preservando, portanto a consistência e integridade de algo.
Ordem, conexão, harmonia de um sistema de conhecimentos. Nesse sentido, Kant atribuía aos conhecimentos a priori a função de dar ordem e coerência às representações sensíveis... Implica não só a ausência de contradição, mas a presença de conexões positivas que estabeleçam harmonia entre os elementos do sistema.

Gosto de debater ideias, discutir conceitos, não é a toa que tenho um blog, espaço onde posso publicar e defender minhas ideias e verdades... E falando em verdades, falei alguma mentira no texto anterior?

Outro beijo, gatinha!

* JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

De ballet... Só a sapatilha!



Assistir uma coreografia e simplesmente dizer que não gostou, não é crítica! Pois crítica está longe de ser gosto! Então para que serve a crítica? Criticar significa quebrar uma obra em pedaços e colocá-los em análise.
O título desta crítica, que se originou de um infeliz comentário. Fez-me ver que, são poucas as pessoas que estão aptas para abrir a boca e falar algo. O comentário é imediato e ineficaz, já a crítica é construtiva. Alguns artistas censuram a crítica por considerá-la incapaz de ensinar qualquer coisa. E, no entanto, quantos artistas não devem tão-somente á crítica a sua mísera reputação!
Já com as palavras certas, e um pouco afiadas, dou início ao meu terceiro parágrafo, no qual eu retrucarei com a mesma moeda, e alguns trocados á mais. Não me basearei no título para criticar o alvo específico, porque dele (o alvo), não consigo entender a relação de alguns acessórios com certas modalidades, ou a coerência da coreografia com o tema proposto. A limpeza técnica e coreográfica se faz ausente nos momentos precisos (todos). Mas para que técnica? Se o que importa é o amor! Ah! Seria ótimo, se dançar se resumisse em movimentos que surgem do nada, mas sabemos que não é bem assim. Tanta produção, que desperta a curiosidade, as lindas cores de sombras e batons se tornam opcional, já que, esteticamente e cenicamente o que fica visível são as narinas se contraindo e dilatando de acordo com a respiração, que cada um faz da forma que o convém, as costelas não fechadas fazem movimentos como de asas, de quem vai voar como os cisnes, ou tentar como os marrecos. As coreografias são tão diversificadas e inovadoras, que basta um tandü avant como preparação para o público adivinhar qual será o passo á ser executado. E no decorrer de dezenas de apresentações feitas ao longo do ano, o que se vê na tão cobiçada evolução? [...]
Quanto ao comentário á nós feito, vamos aceitá-lo. E, em cima dele projetar novos planos, novos métodos para melhorar cada vez mais. Como de costume nesses treze anos.
E para esclarecer aos nossos tão talentosos comentaristas, eu os corrijo dizendo detalhadamente que as coreografias criadas com base nas técnicas clássicas, têm além das sapatilhas, vários pettinés, deboileés, Piquet an tournée, sissones, arabesques, port Du bras, glissades, atittüdes, tombés, e jetés, há também, os detestavéis echappeés e entrechats, e mais um alfabeto inteiro de passos clássicos, os quais se vocês dominam ou compreendem, já não posso responder!
Criticar é abrir os olhos e ouvidos, para quem é criticado melhorar, construir. Logo, criticar é abrir os olhos e ouvidos e fechar a boca.

João Rodrigues

domingo, 10 de abril de 2011

Depoimento Do Artista

Que questões inspiraram o seu trabalho artístico?
Cada trabalho é único e cada obra tem uma proposta específica. Minha grande questão é: será que é esse trabalho, e até que ponto isso vai funcionar? E eu, naturalmente, para definir o que o "trabalho" designa - como funciona, em que sentido, o que é tentando realizar - poderia ser qualquer número de coisas. Mas cada um é hipotético, de alguma forma. Não há nenhuma prova empírica de que ele está funcionando. Eu acho que a indeterminação é importante. Então a grande pergunta é: qual é a natureza da indeterminação e da indeterminação em cada produção?

Como você descreveria a linguagem artística em que suas produções são criadas?
Estou interessado na política de responsabilidade.

 Em que condições e com que formas de colaboração as suas produções são criadas?
Eu olho para situações que permitem aos dançarinos assumir a responsabilidade - eles são responsáveis por aspectos da coreografia como eu sou responsável pelo modo de obter isso. Faço uma proposta e eu entendo que esta proposta pode gerar certo tipo de informação apenas, dependendo do que suas referências são.
William Forsythe


Vídeos de suas metodologias







domingo, 3 de abril de 2011

A Forsythe Company


Criada em Nova York e, principalmente, treinados na Flórida com Nolan Dingman e Long Christa, Forsythe dançou com o Joffrey Ballet e, posteriormente, o Ballet de Stuttgart, onde foi nomeado Coreógrafo Residente em 1976. Durante os próximos sete anos, ele criou novas obras para o conjunto de Estugarda e companhias de ballet, em Munique, Haia, Londres, Berlim, Frankfurt am Main, Paris, Nova York e San Francisco. Em 1984, iniciou um mandato de 20 anos como diretor do ballet de Frankfurt, onde criou obras como Artifact (1984), Impressing the Czar (1988), Limb's Theorem (1990), The Loss of Small Detail (1991, em colaboração com o compositor Thom Willems e o designer Issey Miyake), Eidos:Telos (1995), Endless House (1999), Kammer/Kammer (2000), and Decreation (2003).
            Após o encerramento do Ballet de Frankfurt em 2004, Forsythe estabeleceu um conjunto novo e mais independente. A Companhia Forsythe, fundada com o apoio dos Estados da Saxônia e de Hesse, as cidades de Dresden e Frankfurt e Main, e os patrocinadores privados, baseia-se em Dresden e Frankfurt e Main e mantém uma programação extensa em turnê internacional.
Inclui as obras produzidas pelo novo conjunto Three Atmospheric Studies (2005), You made me a monster (2005), Human Writes (2005), Heterotopia (2006), The Defenders (2007), Yes we can't (2008), and I Don't Believe in Outer Space (2008).                                                                          Mais recentes trabalhos de Forsythe são desenvolvidos e executados exclusivamente pela empresa Forsythe, enquanto suas peças anteriores são destaque no repertório de grandes companhias de ballet do mundo, incluindo o Ballet Kirov, o New York City Ballet, San Francisco Ballet, O Ballet Nacional do Canadá, Royal Ballet de Inglaterra, eo Ballet Ópera de Paris.
            Prêmios recebidos pela Forsythe e seus conjuntos incluem o New York Dança e Desempenho "Bessie Award (1988, 1998, 2004, 2007) e Laurence Olivier Award de Londres (1992, 1999, 2009). Forsythe tem sido veiculada a título de Commandeur des Arts et Lettres (1999) pelo governo da França e recebeu o prêmio alemão Distinguished Service Cross (1997), o Prêmio Wexner (2002) e Leão de Ouro de LiveTime Achievement em Veneza (2010) .
            Em colaboração com os meios técnicos e educadores, Forsythe desenvolveu novas abordagens para a dança, documentação, pesquisa e educação. Cria sua aplicação informática 1994 Improvisation Technologies: Uma Ferramenta para a Dança Analítica, desenvolvido com o Zentrum für Kunst und Medientechnologie, é utilizado como uma ferramenta de ensino por empresas profissionais, os conservatórios de dança, universidades, programas de arquitetura pós-graduação e escolas secundárias em todo o mundo, 2009 marca o lançamento do Synchronous Objects for One Flat Thing, reproduzida uma pontuação digital on-line desenvolvido com a Universidade Estadual de Ohio, que revela os princípios de organização da coreografia e demonstra a sua eventual aplicação no âmbito de outras disciplinas.
            Como educador, Forsythe é regularmente convidado para dar palestras e workshops em universidades e instituições culturais. Em 2002, Forsythe foi escolhida como a fundação de Dança tutor para o Rolex Mentor e Artes Protégé Initiative. Atualmente, ele co-dirige e leciona no Aprendiz Dance rede européia do programa (dança), um programa de inserção profissional interdisciplinar com base na Palucca Schule Dresden. Forsythe é um membro honorário do Centro Laban de Movimento e Dança, em Londres e possui um doutorado honoris causa da Juilliard School de Nova York.

Vanessa Voss