segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Ah! O Verão...

Chega o verão, e todo ano é a mesma coisa: As pessoas querem ficar saradinhas com um corpo impecável e acabam exagerando nos exercícios.
O verão é um estimulante natural para a prática exercícios, o problema aparece quando a soma da empolgação momentânea com a vontade de eliminar gorduras acumuladas tem como resultado a prática de exercícios sem os cuidados básicos necessários.
O ortopedista Luciano Miller, do hospital CECMI (Centro Especializado em Cirurgias Minimamente Invasivas) explica que os problemas mais comuns nesses casos são as lesões musculares e articulares. "As articulações mais comumente afetadas são: do joelho, do quadril e da coluna. Com a prática inadequada de exercícios físicos, a coluna é uma região muito comum de dor". Para evitar problemas, a dica de Miller é antes de começar a treinar, conhecer o seu limite através de uma avaliação cardiológica e, no caso de história de dor em alguma articulação, realizar ainda um exame ortopédico. "O mais importante é começar devagar e conhecer o limite do seu corpo. Dor após atividade esportiva, cansaço exagerado durante ou após a atividade são sinais que o exercício está acima do limite individual". Ter a assistência de um educador físico que prepare o seu treino também é uma boa forma de evitar machucados e ainda obter melhores resultados.
O ortopedista Rodrigo Junqueira Nicolau, também do Hospital CECMI, lembra ainda que não só exercícios realizados de forma inadequada na cidade, mas também na praia, muito comuns nessa época de calor, podem apresentar riscos. "A areia fofa oferece mais obstáculos ao corpo, facilitando entorses, por exemplo. É importante procurar superfícies mais niveladas e, caso a pessoa já esteja iniciada nos esportes, usar um tênis com bom sistema amortecedor que reduza o impacto do corpo", diz.
O mesmo vale para os esportes livres, como frescobol, vôlei, futsal, entre outros. Para os que utilizam aparelhos de ginástica instalados em parques e praias, o médico ressalta que o cuidado deve ser redobrado, iniciando de maneira gradativa, sem exigir de mais do corpo e monitorando sempre a postura na realização dos exercícios.
Luciano alerta ainda para a roupa utilizada nos dias quentes durante a prática. Elas devem ser o mais leve possível e é importante usar bloqueadores solares. "Também é importante tomar cuidado com a desidratação, ingerindo líquidos sempre. O calçado macio é muito importante para evitar lesões e sobrecarga nas articulações".
 Junqueira adverte que "alongar e aquecer são detalhes que tornam o exercitar-se mais seguro e eficiente". E Miller finaliza: "O mais importante é fazer exercícios o ano todo, e não apenas nos meses mais quentes do ano. A frequência deve ser de pelo menos três ou quatro vezes por semana, durante 30 minutos".

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

All That Jazz? Que nada!

No "Se Ela Dança, Eu Danço" de hoje, (26/01), percebi algo que há muito tempo me incomoda profundamente! Onde foi para o Jazz? Sim! O jazz, todos aqueles movimentos explosivos, grandes saltos, super giros, movimentos de ombros e quadril, sensualidade... Onde estão?
Atualmente, tenho visto muitas coreografias de jazz, com muitas características contemporâneas, ou seria um contemporâneo com linhas de jazz?
Há algum tempo atrás, quando falávamos dos estilos de jazz, conheciam-se todos os criadores e características. Mas e atualmente? Em quantos mais estilo o Jazz vai se transformar?

Aproveito o espaço, para rapidamente falar do desempenho do grupo Kaiorra, conhecido nos grandes festivais, mas que nessa noite deixou a desejar. Apresentou um “jazz diferente” como chamaram, ao som de “batendo no peito”, uma boa música, com ótimas batidas e tambores característicos do som brasileiro, essa fusão tinha tudo para surpreender e ser perfeita, mas não foi! O “jazz diferente”, que não passava de um jazz contemporâneo africano simples, decepcionou.

Nada mais é como antes no mundo da dança, All That Jazz? Não mais...

sábado, 22 de janeiro de 2011

O Versátil Jazz Dance: Aperfeiçoamento dos Quatro Estilos de Jazz.

O bailarino de jazz de hoje tem de ser versátil, a fim de agarrar as oportunidades que vêm no seu caminho. A boa notícia é que a Broadway adora os bailarinos de jazz. A melhor maneira de aumentar suas chances de ser visto é o de reforçar o jazz e a técnica para aperfeiçoar os quatro principais estilos de jazz, que são clássicas, latim, lírica e teatral.
Alguns excelentes exemplos destas quatro técnicas de jazz na história realmente se destacam. Jack Cole desenvolveu a técnica de jazz clássica quando ele usou a sua dança moderna colocou na música jazz. Juntamente com Jack Cole entrou Bob Fosse e Jerome Robbins, que realmente desencadearam-se quando adicionado à técnica teatral. Eles traduziram para o palco e para o filme também. Então entra Jose Limon que fez uma enorme marca na técnica, bem como com o seu charme latino. Vimos também o jazz evoluir para uma técnica lírica, com movimentos mais leves, um fluido de movimento, mas que ainda era considerado “jazz dance”. Como resultado, conhecidos coreógrafos, como Mia Michaels tornou a sua marca na história do jazz lírico.
Todas as quatro destas técnicas são agora exigidas do bailarino de jazz. Não é o suficiente ser um especialista apenas no jazz clássico. Uma formação e o conhecimento geral da modalidade são essenciais: tem de saber a sua maneira de contornar o jazz de todos os estilos! É uma boa idéia para ter um estilo latino dançado pelo bailarino de jazz e saber se deslumbrar com um chapéu e bengala. A técnica do ballet é igualmente importante para a bailarina de jazz lírico é como um toque para o bailarino de jazz clássico. Cada um dos seguintes estilos é vital para uma bailarina seguir a carreira no jazz dance.

O jazz clássico como conhecemos hoje é muito envolvido. Um bailarino tem que ir para além da competição, usar “truques” para realmente entrar na técnica. Saltos, pernas altas e giros não são tudo que existe. Um bailarino tem que chegar dançar com a alma, a fim de encontrar o ritmo e a profundidade do estilo. O mais interessante e atraente nos movimentos podem ser as transições e os acentos. Ela não precisa ser um show de habilidade, apesar de saber fazer os grandes saltos e curvas são realmente importantes para um profissional. Jazz clássico é lustroso, dominador e sensual. É preciso viver e amar cada movimento.
Jazz Theatre cria toda outra dinâmica para o mundo do “Jazz”. Temos agora de pensar em chapéus, bengalas e movimentos musicais. Um elemento do jazz teatral que deve ser desenvolvida é a capacidade de encarnar uma personagem. A bailarina tem que saber como é encantador, divertido e envolvente entrar na personagem, podendo até fazer um papel ridículo. Estamos tão habituados a ser retratado como sensual e belo através do nosso movimento que nos esquecemos que o jazz pode não ser sensual, existem personagens de toda forma. O uso de adereços também torna bastante importante para jazz teatral para estas mesmas razões. Para se preparar realmente para o jazz teatral, uma bailarina deve saber como dançar com cadeiras, descer escadas, dançar com um grande chapéu e movimentar com glamour um bengala. O jazz teatral envolve muitas vezes movimentos mais delicados em se tratando dos cantores. Falando de cantar, não é uma má idéia ao saber que também o jazz teatral é o caminho escolhido.
O Jazz Latino, porém, é uma das mais antigas formas de jazz. O estilo do Jazz Latino inclui movimentos de quadril que exige por vezes o oposto de um movimento do jazz clássico. Aprender a salsa, merengue, samba, mambo, é uma excelente forma de se aperfeiçoar nesse estilo. Desenvolver essa sutileza Latina dentro do jazz dance irá certamente garantir mais oportunidades e mais sucesso nas audições! Certifique-se de aprender a dançar em saltos altos, isso é essencial!
O Jazz Lírico é um dos mais novos estilos na dança jazz, ela decorre do balé e dança moderna contemporânea. Lyrical Jazz envolve uma grande dose de equilíbrio, ampliação e leveza. Os movimentos são fluídos e ligados, em vez de estacato, abruptos e repentinos. A melhor coisa que uma bailarina de jazz lírico pode fazer é trabalhar na sua técnica do balé! Isto apenas significa que a técnica do balé deve ser sólida. Considere como uma mistura dos dois – ballet e jazz. A capacidade de exibir emoção é uma prioridade da bailarina lírica. O corpo deve ser um oráculo do sentimento bruto, deve demonstrar uniformemente a circulação e possuem uma especial profundidade de interpretação através do movimento e da flexibilidade.
O bailarino de Jazz de hoje deve ser inteligente e cheio de recursos. Ser um excelente bailarino nem sempre é suficiente. Adaptar-se aos novos estilos na técnica de jazz como “pop jazz”, um popular estilo de vídeo-clips, irão ajudar a no seu repertório. Estar preparado, atencioso e antenado nas novidades pode significar toda a diferença no sentido de obter uma grande oportunidade.
Fonte: Dicas de dança

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

522 Anos de Magia

O ballet clássico é o desenvolvimento e a transformação da dança primitiva, que se baseava no instinto, para uma dança formada de passos diferentes, de ligações, de gestos de figuras previamente elaborados para um ou mais participantes. A história do ballet começou há 500 anos na Itália. Nessa época os nobres italianos divertiam seus ilustres visitantes com espetáculos de poesia, música, mímica e dança. Esses divertimentos apresentados pelos cortesãos eram famosos por seus ricos trajes e cenários muitas vezes desenhados por artista célebre como Leonardo da Vinci. O primeiro ballet registrado aconteceu em 1489, comemorando o casamento do Duque de Milão com Isabel de Árgon. Os ballets da corte possuíam graciosos movimentos de cabeça, braços e tronco e pequenos e delicados movimentos de pernas e pés, estes dificultados pelo vestuário feito com material e ornamentos pesados. Era importante que os membros da corte dançassem bem e, por isso, surgiram os professores de dança que viajavam por vários lugares ensinando danças para todas as ocasiões como: casamento, vitórias em guerra, alianças políticas, etc. Quando a italiana Catarina de Medicis casou com o rei Henrique II e se tornou rainha da França, introduziu esse tipo de espetáculo na corte francesa, com grande sucesso. O mais belo e famoso espetáculo oferecido na corte desses reis foi o "Ballet Cômico da Rainha", em 1581, para celebrar o casamento da irmã de Catarina. Esse ballet durava de 5 a 6 horas e fez com que rainha fosse invejada por todas as outras casas reais européias, além de ter uma grande influência na formação de outros conjuntos de dança em todo o mundo. O ballet tornou-se uma regularidade na corte francesa que cada vez mais o aprimorava em ocasiões especiais, combinando dança com música, canções e poesia e atinge ao auge de sua popularidade quase 100 anos mais tarde através do rei Luiz XIV. Luiz XIV, rei com cinco anos de idade, amava a dança tronou-se um grande bailarino e com 12 anos dançou, pela primeira vez, no ballet da corte. A partir daí tomou parte em vários outros ballets aparecendo como um deus ou alguma outra figura poderosa. Seu título “REI DO SOL", nome que vem do triunfante espetáculo que durou mais de 12 horas. Este rei fundou em 1661, a Academia Real de Ballet e a Academia real de Música e oito anos mais tarde, a escola Nacional de Ballet. O professor Pirre Beauchamp, foi quem criou as cinco posições dos pés, que se tornaram a base de todo aprendizado acadêmico do Ballet clássico. A dança se tornou mais que um passatempo da corte, se tornou uma profissão e os espetáculos de ballet foram transferidos dos salões para teatros. Em princípios, todos os bailarinos eram homens, que também faziam os papéis femininos, mas no fim do século XVII, a Escola de Dança passou a formar bailarinas mulheres, que ganharam logo importância, apesar de terem seus movimentos ainda limitados pelos complicados figurinos. Uma das mais famosas bailarinas foi Marie Camargo, que causou sensação por encurtar sua saia, calçar sapatos leves e assim poder saltar e mostrar os passos executados. Com o desenvolvimento da técnica da dança e dos espetáculos profissionais, houve necessidade do ballet encontrar, por ele próprio, uma forma expressiva, verdadeira, ou seja, dar um significado aos movimentos da dança. Assim no final do século XVIII, um movimento liderado por Jean-Georges Noverre, inaugurou o "Ballet de Ação", isto é, a dança passou a ter uma narrativa, que apresentativa um enredo e personagens reais, modificando totalmente a forma do Ballet de até então. O Romantismo do século XIX transformou todas as artes, inclusive o ballet, que inaugurou um novo estilo romântico onde aparecem figuras exóticas e etéreas se contrapondo aos heróis e heroínas, personagens reais apresentados nos ballets anteriores. Esse movimento é inaugurado pela bailarina Marie Taglioni, portadora do tipo físico ideal ao romantismo, para quem foi criado o ballet "A Sílfide", que mostra uma grande preocupação com imagens sobrenaturais, sombras, espíritos, bruxas, fadas e mitos misteriosos: tomando o aspecto de um sonho, encantava a todos, principalmente pela representação da bailarina que se movia no palco com inacreditável agilidade na ponta dos pés, dando a ilusão de que saía do chão. Foi "A Sífilde" o romantismo o primeiro grande ballet romântico que iniciou o trabalho nos sapatos de ponta. Outro ballet romântico, "Giselle", que consagrou a bailarina Carlota Grisi, foi a mais pura expressão de período romântico, além de representar o maior de todos os testes para a bailarina até os dias de hoje. O período Romântico na Dança, após algum tempo, empobreceu-se na Europa, ocasionando o declínio do ballet. Isso, porém, não aconteceu na Rússia, graças ao entusiástico patrocínio do Czar. As companhias do ballet Imperial em Moscou e São Petersburgo foram reconhecidas por suas soberbas produções e muitos bailarinos e coreógrafos franceses foram trabalhar com eles. O francês, Marius Petipa, fez uma viagem à Rússia em 1847, pretendendo um passeio rápido, mas também se tornou coreógrafo chefe e ficou lá para sempre. Sob sua influência, o centro mundial da dança transferiu-se de Paris para São Petersburgo. Durante sua estada na Rússia, Petipa coreografou célebres ballets, todos muito longos (alguns tinha cinco ou seis atos) reveladores dos maiores talentos de uma companhia. Cada ballet continha danças importantes para o Corpo de Baile, variações brilhantes para os bailarinos principais e um grande pas-de-deux para primeira bailarina e seu partner. Petipa sempre trabalhou os compositores e foi Tchaicowsky que ele criou três dos mais Importantes ballets do mundo: a "Bela Adormecida", o "Quebra-Nozes" e o "Lago dos Cisnes". O sucesso de Petipa não foi eterno. No final do século ele foi considerado ultrapassado e mais uma vez o ballet entrou em decadência. Chegara o momento para outra linha revolucionária, desta vez por conta do russo Serge Diaghilev, editor de uma revista de artes que, junto com amigos artistas estava cheio de idéias novas pronta para colocar em prática. São Petersburgo, porém não estava pronta para mudanças e ele se decidiu por Paris, onde começou por organizar uma exposição de pintores russos, que foi um grande sucesso. Depois promoveu os músicos russos, a ópera russa e finalmente em 1909 o ballet russo. Diaghilev trouxe para a audiência francesa os melhores bailarinos das Companhias Imperiais, como Ana Pavlova, Tamara Karsaviana e Vaslav Nijinsky e três grandes ballets sob direção de um jovem brilhante coreógrafo Mikhail Fokine, a quem a crítica francesa fez os melhores comentários. Os russos foram convidados a voltar ao seu país em 1911 e Diaghielev formou sua própria Companhia, o "Ballet Russo", começando uma nova era no ballet. Nos dezoito anos seguintes, até a morte de Diaghilev, em 1929, o Ballet Russo encantou platéias na Europa e América, devendo a sua popularidade à capacidade do seu criador em descobrir talentos novos, fragmento-se depois por todo o mundo. No momento atual as peças de ballet são cheias de variedades e contrates. Trabalhos antigos como "Giselle" e o mundo inteiro ao lado de outros, como os baseados em romances de Shakespeare e ainda criações recentes assinadas por coreógrafos contemporâneos e dançadas também por bailarinos do nosso tempo. Qual será próximo passo? Na sua longa história, o ballet tomou muitas direções diferentes e, por ser uma arte muita viva, ainda continua em mudando. Mas, apesar das novas danças e das tendências, ainda existe e existirá sempre um palco e uma grande audiência para os trabalhos tradicionais e imortais, por mais 522 anos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dança: Mais do que simples movimentos.

A dança vai além de sua função artística, ela desenvolve a psicomotricidade (cognitivo, físico e afetivo), ajudando na educação, auxiliando no tratamento e prevenção de doenças, isto é, ela é sinônima de saúde. Fazendo assim parte não só da arte, mas também da educação e saúde.
Dentro da área da educação, a dança criativa propicia aos alunos, segunda Débora Barreto, o autoconhecimento; as vivências de corporeidade; relacionamentos estéticos com outras pessoas e com o mundo; incentiva a expressividade artística e humana; libera a imaginação, a criatividade; sendo uma forma de comunicação e de conhecimento, ajudando na formação do cidadão. A dança integra corpo e mente, trazendo aos seus alunos relação com o mundo a sua volta e entre o mundo que existe dentro de si.
O professor fundamentado nos princípios da dança criativa proporciona aos alunos atividades que estimulam, motivam e desenvolvem as idéias e movimentos; fazendo uma interação entre as crianças e o ambiente. Estas atividades estimulam a capacidade de solucionar problemas de maneira criativa; desenvolvem a memória, o raciocínio, a socialização, autoconfiança, e auto-estima. Fazendo com que o individuo tenha melhor relação com ele mesmo e com os outros. Os conhecimentos obtidos dentro desta sala de aula são levados para a vida, pois o individuo é resultado de sua genética, do meio em que vive e das atividades que executa (GALLAHUE e OZMUN). Na área de saúde a dança pode ajudar em varias situações, tanto na parte física como na emocional. Dentro dos seus benefícios estão o controle de peso, aumento da força muscular, fortalecimento de tecido cognitivo, aumento da flexibilidade, diminuição de pressão arterial e dos batimentos cardíacos, aumento da ventilação pulmonar, diminuição do estresse e ansiedade, melhora da tensão muscular e insônia, melhora da auto-estima, da coodernação motora, do ritmo, do raciocínio, da convivência social, da criatividade, dentre outros fatores que ajudam o individuo a levar uma vida mais saudável.
A dança como arte, seja qual for seu estilo, traz ao publico, alem de lazer, uma nova forma de ver a vida, o mundo real e o mundo irreal, traz ao espectador o que as palavras não são capazes de dizer e o que somos capazes de sentir. A dança em si tem o poder de criar um mundo diferente na mente de cada espectador, e este mundo é capaz de gerar novas informações e conhecimentos para uma vida. Não importa qual o estilo, se está na rua, na escola, no teatro, a DANÇA faz parte de nossas vidas, e prestarmos um pouco de atenção nela, nos seus profissionais, veremos que sua contribuição sai de dentro das paredes de uma sala de aula e ultrapassa as linhas de um palco, levando para a sociedade uma contribuição infinita, e de grande valor.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

No país do futebol, meninos escolhem o ballet!

D. S. C., 10 anos, deixou de jogar bola para virar bailarino. Ele já sabia que em casa, a guerra com o pai estava travada. Depois da troca pela dança, eram reclamações atrás de palavras duras dirigidas ao menino, sempre fazendo perguntas sobre a decisão tomada. A resposta era sempre a mesma: "Vou fazer balé".
É assim que muitos garotos são recebidos pela família e pelos amigos quando decidem que querem iniciar os estudos das piruetas e dos saltos. Talvez pela exigência de certa sensibilidade ou pela malha colada no corpo, o preconceito contra os homens que ingressam nessa arte é cada vez maior. Ao iniciar as aulas, D, que foi influenciado pela irmã, acabou chamando a atenção do caçula, C. S. C., nove anos, que antes ajudava, com o pai, a tirar sarro e fazer brincadeiras de mau gosto do irmão mais velho.
A família mora em Diadema, São Paulo, onde fica a Associação Passo a Passo. É lá que cerca de 230 jovens desenvolvem talentos, tendo aulas grátis de balé clássico. Entre os estudantes, quatro são garotos. Além das aulas de balé, as crianças e os adolescentes da OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público) visitam museus, assistem espetáculos de dança e aprendem histórias de grandes nomes da arte.
A mãe dos bailarinos C. e D. Elizabete da Silva Costa, 35, apóia a iniciativa do filho: "Eu aceitei normal, foi fácil. (...) Pro pai dele foi difícil, muito difícil". Ela declara que, na concepção do pai, o menino ia virar gay se dançasse balé e que demorou cerca de sete meses para que se acostumasse com a idéia da troca de chuteiras por sapatilhas. "Mas a primeira vez que ele conseguiu ver uma apresentação ele mudou de idéia, ele viu que não era nada daquilo que ele tava pensando".
Ela aponta a dificuldade que os meninos enfrentam por ter escolhido uma arte que, na concepção de muitos, é fundamental para a formação das garotas. "Às vezes aconteceu de pessoas, parentes de 30 anos ficarem criticando, falando, pondo apelido. (...) Eu acho isso tão chato porque fazer isso com uma criança, eles não têm idéia do que tá acontecendo".
O preconceito aos homens na dança nem sempre foi dessa forma. No início da história do balé, cerca de 500 anos atrás, os homens faziam os papéis femininos e masculinos, não havendo, assim, a necessidade de bailarinas. Só em 1832, o balé "La Sylphide" colocou uma bailarina em primeiro plano, deixando a dança mais romântica. Depois disso, o papel do sexo masculino voltou a ter destaque com alguns nomes famosos, como Vaslav Nijinski e Maurice Béjart, no século 20.
M. M., 9, que também prefere o colant ao uniforme de futebol, já sofreu agressões verbais na escola: "Eu tava na sala, aí um menino subiu na cadeira e começou a dizer: 'Ó, o bailarino, o bailarino, a bicha'. Eu fiquei com vergonha". M. também freqüenta a Passo a Passo e no meio da família não teve o apoio dos pais nem do padrasto. Segundo Elizabete, amiga da mãe de M., não adianta querer barrar com as aulas, pois acaba atrapalhando até no desenvolvimento escolar. "É difícil pra ele, né? Uma criança dessa idade entender isso. Porque acho que ele imagina assim: 'Não fiz nada de errado".
Já para Átila Augusto Monrand, 22, o caso foi diferente. A família não se assustou com sua decisão de ingressar no balé. Sempre teve o apoio dos pais, que já estavam acostumados com seu "jeito despirocado", mas confessa que já se sentiu prejudicado pelo preconceito, apesar de dançar a apenas um ano.
Ele conta que uma vez ensaiou uma coreografia para ser apresentada em um parque, e no final apareceria vestido de dançarina. "Era uma coisa meio pastelão, assim, tinha um pouco de comédia no meio". Na hora da apresentação, desistiu da idéia: "Eu realmente não quis dançar porque achei muito arriscado. Era um público que não era selecionado". Conta que foi podado por um preconceito da sociedade e que se acontecesse outra vez é provável que tomasse a mesma decisão. "Se fosse uma coreografia normal, (...) mas o fato de eu estar vestido de mulher, rola o duplo preconceito: contra o homem que faz balé e o preconceito de orientação sexual".
Para quem não tem o costume de subir num palco, fica difícil compreender o que leva esses garotos e homens a optarem pelo balé e enfrentarem pressão de quase todos os lados. A energia, o amor pela dança, parece falar mais alto no caso desses bailarinos. M. sente alegria quando dança. Por isso quer se tornar um profissional. Átila diz que ama dançar e sente falta se fica sem: "Eu me sinto muito bem dançando".

Salvem-se quem puder, a TPM chegou!

Quem vê uma bailarina no palco, linda, leve, dificilmente imagina o que acontece nos bastidores. O esforço dos ensaios, o incomodo das bolhas nos pés, dos grampos na cabeça, dos tutus apertados… Calma, isso não é tudo!
Todo mês essas bailarinas são lembradas do prazer de ser mulher. Irritação, dores, choro, cansaço; dançar quando se está neste período não é fácil. Se quem não sofre com TPM já fica mal, imagine quem a tem. E para isso, resolvi dar algumas dicas que encontrei que podem fazer sua tensão desaparecer de uma maneira saudável e natural.
A TPM decorre principalmente pela falta de nutrientes, baixa glicose no sangue ou mau funcionamento do fígado (órgão responsável pela metabolização do estrogênio). Se você sofre desse mal, é porque algo não vai bem com seu organismo. É preciso uma dieta saudável, onde haja nutrientes e açúcar balanceado, que possa metabolizar bem seus hormônios.
A prática de exercícios físicos pode ajudar, aumentando a circulação sanguinea, à estabilidade corporal e melhorando a digestão, o que ajuda a minimizar a dor sentida através das terríveis cólicas. Mo entanto, nunca faça exercícios quando se sentir cansada, pois isso pode acabar com o seu metabolismo e a prática de exercícios tem a finalidade de deixá-la mais energizada, e não cansada.
Então, o que fazer neste período?
Coma proteína. Se afaste de bebidas que contenham cafeína, não exagere no açúcar e nos doces supérfluos para alimentação. Procure alimentos considerados saudáveis, como iogurtes, que melhoram o funcionamento da flora intestinal. Fumar e beber álcool é torna-se amiga inseparável da TPM! Procure ingerir vitaminas B e C, magnésio e zinco, que são substâncias que previnem o aparecimento de prostaglandinas (hormônios que causam as cólicas)

Fonte: matéria “Lighten up TPM”, The New York Times.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cuidados com os pés!


Mais vale a pena prevenir, do que remediar.
Na dança os pés são uma zona muito crítica. A exigência da sua prática pode causar vários transtornos. Para dançar sem medo, descrevi alguns sintomas, tratamentos e dicas de prevenção!
Lesões mais frequentes em bailarinas:
Calos, dedos em martelo, joanetes, problemas com as unhas, tendinites do tendão flexor ou de Aquiles. Essas lesões são bastante comuns em bailarinas, pois fazem muita força com o metatarso e com os dedos.
Como evitá-las?
Em primeiro lugar, fazendo um diagnóstico. Não se pode tratar aquilo que se desconhece. A partir dai é necessário adotar alguns hábitos, como o tempo de atividade e frequencia, modificar alguns calçados (saltos, palmilhas).
Fratura de Marcha:
É uma fratura de sobrecarga, também conhecida como fratura de stress. Rompe-se a estrutura interna do osso pro uma sobrecarga mecânica cíclica. Ocorre porque o tempo de recuperação do osso é mais lenta do que a lesão. A mais comum é a fratura do segundo metatarsiano, porque é um pouco mais longo que o primeiro metatarsiano (dedão).
O que fazer?
Geralmente o tratamento consiste em redução da atividade, gelo local, cinesiterapia e calçado especial com sola rígida. Em alguns casos, um pé elástico. Mas em geral, se a bailarina suspender a atividade em quatro semanas, o que melhora a sintomatologia, e o tecido interior do osso reconstitui-se, e deixa de doer, podendo assim, voltar a sua atividade normal.
Prevenção:
Em primeiro lugar, vigiar os pés e avaliar se aguenta determinada atividade. Por outro lado, ter atenção do tipo de calçado, não usar sapatos com salto alto, e com apoio largo, para dar mais espaço ao pé e não ficar o tempo todo o comprimindo. De qualquer maneira, deve-se ter em conta que uma sobrecarga de atividade pode provocar lesões, como acontece quando se faz mais do que pode.
Conselhos:
A lavagem frequente dos pés com água e sal evita edemas. Cuidados com a pele e unhas, que devem ser cortadas transversalmente. Massagear os pés, melhorando assim, a circulação. Existem cremes em farmácias, próprios para relaxar os pés. E por último e mais importante, a escolha do calçado, que sempre deve ser anatômico, e claro, confortável!

Colaboração da Drª Dulcínea Vieira

domingo, 16 de janeiro de 2011

Você Sabia?

Na idade media a dança foi totalmente proibida pela igreja. Por ser uma atividade que exalta o físico, e era vista como profana e promiscua. Santo Agostinho á chamou de “… coisa lasciva, indigna do cidadão”. Ao contrario, na antiga Grécia, a dança era tida como um elemento essencial na formação dos indivíduos e era parte da educação obrigatória.
Todo espetáculo de dança é precedido por três sinais. A origem deles vem da corte de Luís XIV, o primeiro sinal indicava quando o rei havia chegado, o segundo quando ele se acomodava, e o terceiro quando ele estava pronto para assistir ao espetáculo.
O período romântico do ballet, ou o Ballet branco foi inaugurado pelo uso das sapatilhas de ponta e a predominância de roupas brancas, na peça “La Sylphide”. Porém a obra mais famosa deste período foi “Giselle”. Nessa época quatro bailarinas tornaram-se imortais, por dançarem o Pas de Quatre, no dia 12 de Julho de 1845, em Londres. São elas: Marie Taglione, Carlota Grisi, Fanny Cerrito e Lucile Granh.
O en dehors surgiu da necessidade que tiveram os bailarinos em se adaptarem ao novo formato de palco, que passou de circular para horizontal, de visão única. Assim, foi preciso criar uma maneira de ampliar os movimentos laterais, sem dar as costas para a nobreza.
A pioneira da Dança Moderna, Isadora Duncan, esteve no Brasil na década de 20, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, onde ao contrario do que aconteceu na Argentina, foi recebida calorosamente por uma platéia entusiasmada com sua dança livre e inovadora. Isso, no entanto, não fez com que a dança clássica perdesse o titulo da favorita entre a sociedade.
Marta Graham, um dos ícones da dança moderna, iniciou seus estudos de dança somente aos 22 anos de idade.
O psicoballet é uma idéia cubana de unir a arte do ballet à psicologia com o intuito de ajudar as pessoas a superarem suas dificuldades emocionais, através da dança.
La Fille Mal Gardée foi inspirada em uma pintura de um quadro.
Mercedes Batista foi a primeira bailarina negra a integrar o corpo de baile do Teatro Municipal do Rio. Apesar de fazer as aulas com a companhia, nunca foi escalada para uma apresentação.
Noverre revolucionou o ballet, segundo ele, um bailarino não deveria trabalhar apenas o corpo, mas também a mente. Anatomia, música, geometria, pintura, poesia, seriam conhecimentos indispensáveis na formação de um profissional.
A palavra emoção significa mover!
O Brasil é o primeiro país a sediar uma filial do ballet Bolshoi fora da Rússia, na cidade de Joinville, Santa Catarina. O segundo país foi Austrália, que ganhou uma filial em Sidney no ano de 2006.
Piotr Ilych Tchaikovsky foi um músico que muito contribui para a composição musical de muitos ballets. Considerado “de vidro”, por tamanha sensibilidade, sua musica tem um caráter suave e cativante. Sua última obra “O Quebra Nozes”, foi feita seis meses antes da sua morte, num período em que ele se encontrava mergulhado numa profunda depressão.unhas, que devem ser cortadas transversalmente.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Verão e Bailarinos


Quem não se cuidar, dança!
As altas temperaturas do verão levam naturalmente os indivíduos que a aumentarem suas perdas de água, vitaminas e minerais através do suor. Tais perdas são potencialmente maiores em atletas, já que esse tem que suar muito mais para conseguirem dissipar o calor produzido pelo corpo nas práticas esportivas, o que propicia o resfriamento do corpo e evita hipertermia.
Transpiração
Com a transpiração excessiva perde-se muitos líquidos e minerais. Para se manter por mais tempo hidratado, os minerais e os eletrólitos são fundamentais. As fontes destes minerais e os eletrólitos (sódio, potássio) são as frutas e legumes. Por isso uma ótima forma de hidratar é utilizar sucos de frutas, preferindo até o melão e a melancia, que além de serem fontes de potássio, são frutas com alto índice de água, não precisando  de mais água para o suco e nem de açúcar adicionado.
Alimentação para bailarinos.
Não só para os ensaios como para todo o funcionamento do organismo os nutrientes necessários são: carboidratos, lipídeos, proteínas, vitaminas e minerais. Mas na prática de exercícios há uma maior atenção com relação aos estoques de energia, que são utilizados principalmente pelos músculos durante a prática esportiva, que são formados principalmente pelos carboidratos. Para a recuperação, além dos carboidratos, as proteínas também têm fundamental importância para estabelecer a integridade dos músculos.
Carboidrato: Sua principal função e o fornecimento de energia para os músculos e proteção contra a fadiga.
Proteínas: Ajudam na construção e reparação dos músculos.
Lipídeos: Fornecem energia e transportam as vitaminas essenciais para a manutenção dos exercícios.
Vitaminas: Melhoram a cicatrização, ajudam na recuperação pós-exercícios e estão presentes durante a “queima” dos nutrientes para gerar energia.
Minerais: Previnem a anemia, mantém os ossos resistentes, e são importantes no auxilio do fornecimento de energia.
A prática de atividades físicas em jejum ou em longos períodos sem se alimentar pode ser perigoso, podendo provocar até desmaios. Por isso, estes alimentos são recomendados para todos os atletas, inclusive para aqueles que precisam perder peso. Além disso, a quantidade a ser fornecida antes e após o treino deve ser suficiente para o fornecimento de energia e melhor utilização da gordura, que aceleram essa perda.
É recomendável fazer lanches antes e após os treinos para a manutenção dos estoques de energia e recuperação muscular, além da hidratação. As refeições grandes devem ser realizadas cerca de quatro horas antes dos treinos ou competições e as pequenas refeições e lanches cerca de uma hora antes.
Cuidado redobrado deve-se ter com a nossa hidratação, principalmente no verão. A reposição de líquidos deve ser constante, não só durante o treino, mas também no resto do dia. Atletas que se exercitam por mais de 1h30, devem consumir. Além de água, bebidas esportivas para repor também os eletrólitos.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Preparação Física para Bailarinos - 2ª Parte.


O Planejamento da preparação física deve sempre ser no mínimo de seis meses, para que possamos atingir algum resultado. Com raríssimas exceções o tempo é menor.
Deve começar no início do ano letivo, normalmente na segunda semana de janeiro. Mas e o término? Essa é a parte mais importante, se o ápice de seu ano é o seu espetáculo de fim de ano, acadêmico ou não, então deverá ser traçado um planejamento para todo o ano.
Mas se seus planos são de acordo com os festivais competitivos e apresentações que faz e encerram-se antes do final do ano? Como eu disse anteriormente, não é possível se manter no auge da forma física durante todo o ano. Devemos ver quando é que vamos atingir nosso objetivo e quando vamos parar para descansar, ter tempo para recuperação e se preparar para o próximo ano.
No planejamento devemos dar a devida importância para quando haverá o maior número de ensaios, esses quando são ENSAIOS de verdade, com limpezas e correções técnicas. Ensaio não é deixar a música passar, ou só ficar marcando.
A preparação física tem várias vertentes dentro da dança. Como acontece em todos os ensaios. Há um trabalho de braços, pernas, abdômen entre outros. Mas como dar força, resistência, potência e não sofrer lesões? Só com alongamentos? Ou gelo?
Uma coisa é certa. Temos que ter nesse caminho, uma curva para aceleração e desaceleração.
Como assim? Simples! Se no ano o nosso pico da preparação física e técnica são no final do ano, devemos traçar uma curva de aceleração lá pelo mês de maio, para que em dezembro seja alcançado o resultado desejado.
Mas aí no começo do próximo ano, devemos ir bem leve e devagar com as aulas, ensaios e exercícios. Se possível nas férias de janeiro inteiro.
Como em quase toda modalidade esportiva, temos a pré-temporada, a temporada e a parte de fora da temporada (off-season). Então não se esqueça de fazer seu planejamento anual. Ele é tão fundamental quanto uma aula de giros e saltos. Ele deve ser traçado de acordo com suas aulas, sua técnica, seu modo de trabalho. Monte-o de acordo com sua turma ou sua resistência. Não esqueça! Faça o planejamento e suas divisões, seja inteligente, preserve seu maior bem. Seus alunos, seu corpo, seu templo!
 José Luiz  Gioia

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Preparação Física para Bailarinos - 1ª Parte.


Nesses dias sem nada para fazer, eu estava vendo alguns cadernos velhos e achei um com uma anotação que fiz num curso em Joinville em 2008. Foi uma citação feita em meio a aula que me chamou atenção. “Existem diferenças para quem quer dançar a vida toda ou a vida toda dançar”.
O bailarino é um atleta, um artista. Tem o dom de emocionar e demonstrar a arte através dos movimentos. Pode contar uma história que será entendida em qualquer parte do planeta, em qualquer língua, sem falar uma só palavra. Isso é dança!
Mas para isso é necessário planejamento, conhecimento, limites, e uma boa direção em suas aulas. A preparação física é tão importante quanto aprender a dar piruetas, ou fazer uma contração correta.
Estou aqui para dividir algumas noções que achei pela net (sites confiáveis). Sobre o planejamento e execução de uma preparação física para bailarinos e bailarinas, para que possam dançar melhor, por mais tempo e sem tantas contusões durante a carreira. Seja ela de curta ou longa duração. Profissional ou amadora.
Neste primeiro momento é preciso ver aonde você quer chegar e o que quer fazer durante esse ano. Sempre é necessário traçar metas e montar seu calendário - Eu sou uma pessoa perdida sem uma agenda.
Você precisa ver qual será o período em que você estará mais preparado, e fazer essas divisões de preparação. Uma coisa que nunca será possível, será se manter no pico ou auge da forma física durante todo o ano.
Pesquisarei mais por aí tentando achar artigos mais completos para continuar esse tema. Mas sem deixar de falar na nossa principal meta: A preparação Física para o aprimoramento na dança e saúde do corpo humano como a mais perfeita das máquinas. E você, somente você é quem pode cuidar e fazer a manutenção dela.
Até o próximo post.

José Luiz Gioia.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Voltei...

… Tem dias que a gente fica meio cansado de dança. Outros que a gente precisa dela para se alimentar…. Outros ainda que precisa dela para respirar, outros para sair de si, ou ainda se encontrar. Hoje estou totalmente no meio termo de todas essas dúvidas… E me toquei que o blog estava abandonado, tão abandonado que o excluiram. Criei uma nova página e prometo me esforçar pra escrever toda semana. Confesso que ando num tempo sem tempo das (mu)danças da vida, mas estou feliz. Muito feliz!
Para quem acompanhava o antigo blog e vivia me cobrando atualizações deixo minha opinião sobre um ballet que há tempo queria assistir.


A Filha do Faraó foi o primeiro grande espetáculo de ballet que Marius Petipa compôs na Rússia, onde, desde 1847, ele remontava obras de outros coreógrafos e montava balés de um ato. Pela primeira vez, ele coreografou grandes passos simultâneos e harmoniosos, numerosas variações, aos quais se adicionaram danças a caráter e cenas de pantomima. Criada em 1862, no Teatro Bolshoi de São Petesburgo (com Petipa no papel de Lord Wilson), A Filha do Faraó – logo depois de O Romance da Múmia (1857) de Théophile Gautier – conheceu um sucesso retumbante. O ballet foi remontado em 1864, no Teatro Bolshoi de Moscou, Alexandre Gorski criou sua própria versão em 1905.

A última apresentação de A Filha do Faraó foi feita em 1926, no Teatro Mariynski, com Marina Semenova no papel de Aspicia. Fonte: Wikipedia.


Pelo que assisti, o ballet conta a história de um explorador inglês que sonha que a filha morta do faraó revive e o transforma em um egípcio. Os dois se apaixonam e fogem, mas são capturados. Ele é sentenciado à morte, mas ela o resgata. Apesar de utilizar o cenário egípcio, assim como o teor fantástico do romance, o roteiro em si não segue a história criada por Gautier, sobre o amor entre o faraó e a filha de um sacerdote. Para criar A Filha do Faraó, uma obra que marcou pelo uso de temas exóticos e por seu caráter grandioso, Petipa precisou de apenas um mês e meio.

Uma coisa interessante é que o próprio Petipa fez o papel de Ta-Hor, Lev Ivanov foi o pescador que ajuda os apaixonados e a bailarina que fez o papel de Aspicia foi Carolina Rosati, que estava se despedindo dos palcos russos. Apesar do enorme sucesso, A Filha do Faraó esteve desde o começo do século XX fora dos repertórios e sua coreografia original foi perdida. No ano 2000 uma remontagem foi criada para o Ballet Bolshoi por Pierre Lacotte, que criou sua própria coreografia, baseado em algumas poucas notações de Petipa.

A versão que assisti foi apresentada pelo Bolshoi, em 31 de Outubro de 2003, tendo Svetlana Zakharova como Aspicia, Sergüei Filin como Lord Wilson, Maria Aleksandrova no papel de Ramzé e Gennady Yanin como pescador.