quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Voltei...

… Tem dias que a gente fica meio cansado de dança. Outros que a gente precisa dela para se alimentar…. Outros ainda que precisa dela para respirar, outros para sair de si, ou ainda se encontrar. Hoje estou totalmente no meio termo de todas essas dúvidas… E me toquei que o blog estava abandonado, tão abandonado que o excluiram. Criei uma nova página e prometo me esforçar pra escrever toda semana. Confesso que ando num tempo sem tempo das (mu)danças da vida, mas estou feliz. Muito feliz!
Para quem acompanhava o antigo blog e vivia me cobrando atualizações deixo minha opinião sobre um ballet que há tempo queria assistir.


A Filha do Faraó foi o primeiro grande espetáculo de ballet que Marius Petipa compôs na Rússia, onde, desde 1847, ele remontava obras de outros coreógrafos e montava balés de um ato. Pela primeira vez, ele coreografou grandes passos simultâneos e harmoniosos, numerosas variações, aos quais se adicionaram danças a caráter e cenas de pantomima. Criada em 1862, no Teatro Bolshoi de São Petesburgo (com Petipa no papel de Lord Wilson), A Filha do Faraó – logo depois de O Romance da Múmia (1857) de Théophile Gautier – conheceu um sucesso retumbante. O ballet foi remontado em 1864, no Teatro Bolshoi de Moscou, Alexandre Gorski criou sua própria versão em 1905.

A última apresentação de A Filha do Faraó foi feita em 1926, no Teatro Mariynski, com Marina Semenova no papel de Aspicia. Fonte: Wikipedia.


Pelo que assisti, o ballet conta a história de um explorador inglês que sonha que a filha morta do faraó revive e o transforma em um egípcio. Os dois se apaixonam e fogem, mas são capturados. Ele é sentenciado à morte, mas ela o resgata. Apesar de utilizar o cenário egípcio, assim como o teor fantástico do romance, o roteiro em si não segue a história criada por Gautier, sobre o amor entre o faraó e a filha de um sacerdote. Para criar A Filha do Faraó, uma obra que marcou pelo uso de temas exóticos e por seu caráter grandioso, Petipa precisou de apenas um mês e meio.

Uma coisa interessante é que o próprio Petipa fez o papel de Ta-Hor, Lev Ivanov foi o pescador que ajuda os apaixonados e a bailarina que fez o papel de Aspicia foi Carolina Rosati, que estava se despedindo dos palcos russos. Apesar do enorme sucesso, A Filha do Faraó esteve desde o começo do século XX fora dos repertórios e sua coreografia original foi perdida. No ano 2000 uma remontagem foi criada para o Ballet Bolshoi por Pierre Lacotte, que criou sua própria coreografia, baseado em algumas poucas notações de Petipa.

A versão que assisti foi apresentada pelo Bolshoi, em 31 de Outubro de 2003, tendo Svetlana Zakharova como Aspicia, Sergüei Filin como Lord Wilson, Maria Aleksandrova no papel de Ramzé e Gennady Yanin como pescador.




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